Por Aline Maciel

Quando pensamos em música, nos vêm à cabeça vários ritmos, vários estilos musicais. Pop, Rock, Samba, Pagode, Funk, etc...

Por mais que muitos desconheçam, no mundo Gospel também há espaço para diversos estilos musicais. Em uma pesquisa feita com jovens, encontramos opiniões diferentes sobre a preferência musical da grande maioria, desde a galera que tem bandas até aqueles que só curtem ouvir um som. No Ministério Apascentar de Nova Iguaçu, predomina o estilo calmo de músicas que tocam o coração. Há também aquelas mais animadas, que tiram a galera do chão. "Gosto muito das músicas do Ministério Apascentar, eles têm músicas que me fazem parar para refletir, como: Abro mão, Bendita Será, Deus de Promessas e principalmente Restitui, elas são lindas e falam ao meu coração", conta Luana, 24 anos.

Para os que curtem uma "batida", o cantor Adriano Gospel Funk é uma boa pedida para arrastar multidões. "Me tornei fã de carteirinha do cantor Adriano Gospel Funk desde o dia em que tive oportunidade de assistir a um show dele, aqui perto da minha casa, as músicas contagiaram não só a mim, mas a todo aquele galerão que estava alí assistindo ao show, vi que mesmo sendo evangélico, não preciso deixar de lado os ritmos que gosto", conta Willian de Araújo, 16 anos."

As cantoras Fernanda Brum e Aline Barros são adoradas pela rapaziada evangélica e também por muitas pessoas de outras religiões. O CD Aline Barros & Cia é usado até em escolas infantis para auxiliar o ensino, fazendo com que os pequeninos curtam as suas músicas. "Quando perguntam quem gosta das cantoras Fernanda Brum e Aline Barros, sou a primeira a levantar a mão, gosto das duas como cantoras, como compositoras e como pessoas, são simpáticas, já tive oportunidade de conversar com a Fernanda Brum, ela é uma ótima pessoa, e quanto a Aline Barros, não preciso nem falar nada né?! Mesmo não a conhecendo pessoalmente, dá pra ver que é uma pessoa bem legal, alegre e eu gosto disso, adoro as músicas que elas cantam", conta Vanessa dos Santos, 22 anos.

Independente de denominações, as igrejas evangélicas vêm absorvendo estilos e ritmos de bandas que não são gospel. As igrejas Batista, Presbiteriana, Metodista e a Assembléia de Deus já incluíram esses ritmos nos seus cultos. Mas ainda existem igrejas que resistem a essa novidade e mantêm o estilo tradicional, dispensando bandas e instrumentos mais elaborados. Essas igrejas continuam usando apenas pandeirinhos e violão, tocando aquelas músicas mais antigas.

Quem acha que essa história de banda só interessa aos meninos, está redondamente enganado. A banda Projeto de Deus está aí para provar exatamente o contrário. Essa banda foi formada no dia 22 de março de 2007 por onze amigas com um dom em comum: a música. Juntando os que sabiam tocar instrumentos com quem sabia cantar, nascia a banda. Foi assim que a guitarrista Aline Maciel, 23 anos, conheceu Thais Lacerda (violão), Quézia de Oliveira (contrabaixo), Vanessa Maciel (teclado), Joelma Teixeira (teclado), Érica Maciel (bateria), Tamires Moreira (vocal), Talita Roza (vocal), Queriene de Oliveira (vocal), Larissa Lacerda (vocal) e Camila Lacerda (vocal).

Meninos torcem o nariz

Para ver se a banda daria certo, essas meninas resolveram juntar os dons e fazer uma primeira experiência. "No início, contávamos apenas com o apoio de nossas famílias e dos nossos pastores, pois não havíamos nos apresentado em público até então", conta Aline, misto de guitarrista e jovem repórter. "Por isso, poucas pessoas sabiam da banda. Mas quando nos apresentamos pela primeira vez, vimos que as pessoas ficavam surpresas em ver apenas meninas tocando. Alguns meninos torceram o nariz quando viram a apresentação da banda, dizendo: 'O que essas meninas estão fazendo ali?' Isso tudo nos ajudou a encarar o público e seguir em frente."

Às vezes, a banda encontra um pouco de dificuldade para ensaiar, porque as componentes não são todas da mesma igreja, nem moram perto umas das outras. Só para se ter uma idéia, há moradoras de Mesquita, Éden, Belford Roxo, Nova Iguaçu e até de Juíz de Fora (Minas Gerais). "Nem mesmo a distância atrapalha o caminho da banda, pois conseguimos ensaiar e tocar juntas", conta Aline.

0 comentários: